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Com rejeição ao relatório final, I das Bets chega ao fim, mas relatora afirma que levará documentos para PGR, STF e até a Lula
Por Edu Mota, de Brasília
Com quatro votos contrários e apenas três favoráveis, foi rejeitado pelos membros da I das Bets o relatório da senadora Soraya Trhonicke (Podemos-MS). Com a rejeição, a comissão parlamentar de inquérito se encerra sem um relatório que possa ser enviado ao Ministério Público.
Ao final da sessão desta quinta-feira (12), a relatora da I afirmou que mesmo com a rejeição, levará o seu parecer às autoridades, em que foi pedido o indiciamento de 16 pessoas.
“Eu levarei em meu nome o relatório e entregarei todas as provas para as autoridades competentes”, declarou a senadora, que destacou que não pode se omitir diante das provas robustas que teve contato.
Soraya Trhonicke disse que levará o seu relatório e todos os documentos levantados ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e até ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Em nosso relatório, conseguimos contribuir em termos de propostas legislativas de regulamentação do setor de apostas. Temos muito a ajudar, inclusive a arrecadar. O intuito é minimizar os problemas. O trabalho que fizemos não está perdido”, disse a relatoria em conversa com a imprensa.
A relatora da I das Bets pediu em seu parecer 16 indiciamentos, entre influenciadores, empresários e representantes de casas de apostas.
Entre os nomes citados estão os de Virgínia Fonseca pelos crimes de publicidade enganosa e estelionato e Deolane Bezerra, acusada de contravenções penais de jogo de azar e loteria não autorizada e pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e integração de organização criminosa.
A criação de uma liga única para organizar o Campeonato Brasileiro deu um o importante nesta quinta-feira (12), com a elaboração de um Memorando de Entendimento (MOU) por clubes da Libra e da Liga Forte União (LFU). O documento, que funciona como um pré-acordo, define princípios de governança, estrutura e diretrizes comerciais para um novo organismo gestor do futebol nacional a partir de 2030. No entanto, o Flamengo resiste a o texto por discordar dos termos relacionados à distribuição de receitas comerciais.
De acordo com a informação do jornalista Rodrigo Mattos, do UOL Esporte, a aproximação entre os grupos Libra e LFU já vem sendo construída há meses, com negociações conjuntas envolvendo, por exemplo, os direitos de transmissão da Série B e do Campeonato Brasileiro no exterior. A união culminou na elaboração do MOU, que já foi distribuído aos 40 clubes das Séries A e B. O objetivo é que todos assinem o documento.
O pré-acordo é abrangente e propõe que os clubes negociem de forma coletiva direitos de transmissão, publicidade (como placas ao redor do campo), marketing digital durante os jogos, entre outras propriedades comerciais, a partir de 2030 — quando terminam os contratos vigentes. O modelo de divisão de receitas segue a fórmula que combina partes igualitárias, desempenho esportivo e audiência, inspirada nos padrões já utilizados por LFU e Libra. Os critérios detalhados, porém, ainda serão definidos posteriormente.
Além da parte comercial, o MOU também prevê um prazo de até seis meses para a estruturação jurídica da nova liga. O documento será analisado em reuniões internas das duas organizações nas próximas semanas. De acordo com apuração de bastidores, há boa aceitação da proposta entre a maioria dos clubes.
O Flamengo, porém, se recusa a o MOU em sua forma atual. A diretoria rubro-negra, liderada por Luiz Eduardo Baptista (BAP), defende que apenas os pontos ligados à governança e à fundação da liga sejam tratados neste momento. A parte comercial, no entendimento do clube, deveria ser debatida separadamente e em uma etapa futura.
O principal ponto de resistência está na obrigatoriedade de negociar conjuntamente receitas nas quais o Flamengo é amplamente dominante, como direitos de TV, publicidade em campo e canais próprios, como a recém-lançada Flamengo TV. A diretoria alega que já foi prejudicada com o modelo de divisão atual no acordo com a Globo, e teme novas perdas ao diluir sua arrecadação com outros clubes.
A postura do Flamengo tem gerado certo desconforto entre integrantes da Libra e da LFU, que esperam consenso para consolidar a liga.
Motta tira PT da relatoria da LDO, e partido fica com texto da MP dos impostos
Por Raphael Di Cunto | Folhapress
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), recuou de um acordo com o PT e escolheu o deputado Gervásio Maia (PSB-PB), como relator do projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026.
Originalmente, o cargo deveria ficar com um petista, mas o centrão se insurgiu contra a escolha por entender que a LDO é o principal caminho para controlar o fluxo de liberação das emendas no ano eleitoral.
Como compensação, o PT terá a relatoria da MP (medida provisória) da alta de impostos elaborada pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) como substituição ao decreto que elevava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O responsável por essa função deve ser o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).
Um líder petista classificou a mudança como uma "ruptura combinada" e evitou falar em quebra de acordo. O entendimento é que, neste momento, será mais importante tentar aprovar parte da MP e garantir uma arrecadação extra do que assumir o comando da LDO. Além disso, Gervásio Maia é um aliado do presidente Lula (PT) —embora também seja muito próximo de Motta.
Como mostrou a Folha na semana ada, o centrão pressionava Motta a romper o acordo com o PT com o objetivo de aprovar regras que priorizem a execução das emendas parlamentares ao Orçamento, em detrimento dos investimentos do governo no ano eleitoral.
A LDO é aprovada anualmente e estabelece as diretrizes que precisam ser seguidas na elaboração e na execução do Orçamento. Em 2024, o Congresso tentou impor um calendário de execução das emendas, mas Lula vetou a iniciativa e só conseguiu fazer prevalecer sua posição com a promessa de apressar esses pagamentos.
Para 2026, ano da eleição, o Congresso quer acelerar o empenho e pagamento das emendas para prefeitos aliados antes das vedações do período eleitoral. Por isso, novamente discute estabelecer um calendário mais restritivo para o governo e forçar que os recursos destinados pelo Legislativo tenham prioridade de execução.
Um dos combustíveis para a pressão em torno da mudança de relator é o que os congressistas consideram uma demora neste ano na liberação das emendas.
Até agora, só cerca de R$ 60 milhões dos R$ 50,4 bilhões programados para o ano foram empenhados (o termo se refere à primeira fase da execução orçamentária, quando se reservam verbas para aquela despesa).
Ministros do governo Lula afirmam que o atraso ocorreu por culpa do próprio Congresso, que não aprovou a lei orçamentária em dezembro, e só concluiu a votação em março. Um desses auxiliares do presidente afirmou que o pagamento da verba será ampliado até o próximo fim de semana.
A Secretaria de Relações Institucionais do governo tem negado que exista um atraso e afirmou que o empenho teve inicio na última semana de maio. A pasta destaca que a liberação dos recursos estaria condizente com o mesmo período de tempo em anos anteriores.
Os congressistas também citam, nos bastidores, a ideia de usar a LDO para impor regras mais duras ao governo no manejo orçamentário, de forma a evitar manobras que busquem viabilizar projetos com objetivos eleitorais que tenham impacto nas contas do país.
O relator, que agora será do PSB, é o responsável por negociar com os demais parlamentares, com a sociedade e com o governo mudanças no projeto, que depois é submetido à votação. A LDO de 2026, por enquanto, tem 98 páginas, com 186 artigos, além de sete anexos. Muitas vezes, apenas o relator tem conhecimento de cada ponto alterado e dos motivos por trás dessas mudanças.
Um sobrevivente foi encontrado após a queda de uma aeronave da Air India nesta quinta-feira (12). O sobrevivente estava no assento 11A e foi localizado em um hospital da região recebendo atendimento médico, segundo informou a agência asiática Asian News.
"Quando acordei, havia corpos por todos os lados. Fiquei em pânico. Me levantei e saí correndo. Havia destroços do avião espalhados. Alguém me segurou, me colocou em uma ambulância e me trouxe ao hospital", disse o sobrevivente.
O avião da companhia aérea Air India caiu nas imediações do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia, na manhã desta quinta-feira (12). A aeronave, um Boeing 787-8 Dreamliner com destino a Londres, no Reino Unido, transportava 242 ageiros e tripulantes a bordo no momento do acidente.
Megaoperação policial em Tancredo Neves termina com reféns libertados e 11 suspeitos presos
Por Redação
Uma operação de grandes proporções envolvendo diversas unidades da Polícia Militar da Bahia resultou, na noite de quarta-feira (11), na apreensão de armas, drogas e na libertação de reféns no bairro de Tancredo Neves, em Salvador. A ação ocorreu na localidade conhecida como Candelária e contou com a participação de equipes do Batalhão Apolo, BPatamo, Bope, 23ª CIPM, CIPT/Rondesp Central e apoio aéreo do Graer.
Segundo a PM, os policiais intensificavam o patrulhamento na região quando se depararam com um grupo de criminosos armados, que reagiram com disparos de arma de fogo. Após o confronto inicial, os suspeitos fugiram. Durante as incursões seguintes, houve novo tiroteio, e os criminosos se dividiram, invadindo duas residências e fazendo famílias reféns.
Em um dos imóveis, nove indivíduos, incluindo um adolescente, mantiveram um casal sob ameaça. Na outra casa, dois homens fizeram um casal e seus três filhos reféns. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi acionado e, após uma negociação tensa, conseguiu a rendição dos 11 suspeitos e a liberação de todos os reféns sem ferimentos.
Durante a operação, os policiais apreenderam quatro pistolas (duas calibre .45 e duas 9mm), uma espingarda calibre 12, sete carregadores, 141 munições de diversos calibres, 98 porções de cocaína, nove de maconha e R$ 190 em dinheiro, além de cédulas danificadas que os criminosos tentaram destruir.
Um dos suspeitos foi ferido durante a ação e encaminhado ao Hospital Professor Roberto Santos. Os demais foram conduzidos para a Central de Flagrantes e à Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), onde a ocorrência foi registrada.
MPF instaura inquérito para apurar estado de conservação de imóvel tombado em Salvador
Por Aline Gama
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para apurar o estado de conservação de um imóvel localizado no Largo do Carmo, nº 02, no bairro de Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador. O prédio em questão está inserido em uma área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), sob a denominação Conjunto Arquitetônico, Paisagístico e Urbanístico do Centro Histórico da Cidade de Salvador.
A medida foi tomada após a análise de informações que indicam a necessidade de fiscalização e acompanhamento das condições do imóvel, visando assegurar a preservação do local.
O inquérito civil foi aberto após o prazo estabelecido em uma resolução de 2007, ter expirado sem que as diligências necessárias fossem concluídas, por isso, segundo o documento, o MPF buscará apurar os fatos para decidir sobre o eventual ajuizamento de uma ação civil pública ou o arquivamento do caso.
O Ministério Público determinou que o IPHAN preste informações atualizadas sobre o processo relacionado ao imóvel em questão.
Copa Feminina no Brasil é chance de "melhorar o preconceito", diz Manuela Avena ao BN na Bola #61
Por Thiago Tolentino
Narradora da TV Bahêa e terceira colocada no reality Craque da Voz, Manuela Avena revelou um dos seus grandes objetivos: narrar a Copa do Mundo Feminina de 2027, que será disputada no Brasil. Durante o bate-papo no programa BN na Bola #61, com Thiago Tolentino e Hugo Araújo, a baiana falou com emoção sobre sua relação com o futebol feminino e destacou a importância do evento para o país.
"O Brasil é um país que precisa viver uma Copa dessas para ver se melhora essa questão do preconceito", afirmou Manú, ao refletir sobre o impacto social da competição.
Mesmo sem saber ainda em que papel estará presente no Mundial, ela já projeta estar envolvida de alguma forma. Manuela contou que já está montando um projeto de olho nos próximos grandes eventos esportivos, incluindo a Copa. Para ela, a presença de torcedores estrangeiros poderá até provocar um efeito positivo nos brasileiros, que ainda não abraçaram de forma ampla o futebol feminino.
"Com fé em Deus, acho que seria um grande sonho. Não sei como, assim, hoje eu não consigo imaginar como seria isso. Minha vida é em Salvador, mas é um grande sonho narrar a Copa do Mundo ou estar presente nela", iniciou.
"Talvez a gente veja mais gente de fora lotando, por exemplo, a Fonte Nova, do que os próprios brasileiros. Mas eu espero que isso seja positivo, porque quando você vê todo mundo vindo ver, menos você, o brasileiro tem essa cultura: ‘todo mundo tá indo, por que eu não vou?", concluiu.
Foto: Igor Barreto/Bahia Notícias
Ela também destacou a emoção de acompanhar o duelo do Bahia Femino, que aconteceu no último domingo (8), pela primeira divisão do Campeonato Brasileiro, realizado contra a Ferroviaria. Na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, as mulheres de aço venceram no placar de 3 a 1.
"Foi a coisa mais linda. Eu levei meu filho, minha prima, meu afilhado. Criança com uma zorra lá, todo mundo feliz, gritando. Aquele clima de domingo de manhã. O Bahia devia fazer isso muitas vezes. As meninas merecem esse apoio", contou.
A narradora também rasgou elogios ao técnico Arthur Elias e ao novo momento da Seleção, mencionando jogadoras como Duda Santos, Aline Gomes, Jhonson e Marta. Avena finalizou com esperança de que a Copa de 2027 seja um divisor de águas para o futebol feminino no Brasil.
"Os talentos estão surgindo, como a gente sempre quis. O Brasil tem talento espalhado a rodo que não é lapidado, que não tem oportunidade. Os clubes estão perdendo com isso."
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"Se ele cita senador, sou um dos citados", diz Coronel sobre apadrinhado no Dnocs alvo da Overclean
Por Redação
O senador Angelo Coronel (PSD-BA) confirmou, em conversa com a imprensa, que pode ser o parlamentar citado em uma gravação obtida pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Overclean.
A declaração foi dada ao Metrópoles, após vir a público o conteúdo de uma conversa entre Rafael Guimarães, chefe do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) na Bahia, e o empresário Alex Parente, dono da Allpha Pavimentações, empresa investigada na operação.
Rafael Guimarães, apadrinhado político de Coronel, foi alvo de mandado de busca e apreensão na primeira fase da operação. Já o empresário Alex Parente foi preso. No diálogo interceptado pela PF, Guimarães expressa preocupação com o possível bloqueio, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de recursos provenientes de emendas parlamentares destinadas ao Dnocs.
Durante a conversa, o coordenador do Dnocs na Bahia destaca a origem dos recursos:
“Todas (emendas), todas, entendeu? Não tem TED, mas a maioria TED foi equipamentos. Obra, que deu [inaudível] foi emenda. Emenda do senador, inclusive. Muitos recursos, dinheiro do senador. Então, velho, preocupado, porque… Muita, muita, muita pressão aí, velho”.
O nome do senador ao qual Rafael se refere não é revelado na gravação.
Questionado, o senador Angelo Coronel afirmou que indicou Rafael Guimarães ao cargo e declarou que ainda acredita na idoneidade do aliado:
“Ainda acho que é uma pessoa séria, a Polícia Federal não teve nenhuma prisão dele, então até que me prove o contrário, a pessoa pra mim é inocente”.
Sobre a possibilidade de ser o senador citado na conversa, Coronel confirmou que pode estar entre os mencionados.
“Eu coloquei emenda. Se ele cita senador, eu sou um dos citados, porque eu coloquei. As minhas todas colocadas nos órgãos, tá tudo lá”, afirmou.
A Allpha Pavimentações, empresa mencionada na investigação, tem mais de R$ 150 milhões em contratos com o Dnocs, a maioria financiada por emendas do relator, conhecidas como orçamento secreto.
O senador Angelo Coronel não é alvo da Operação Overclean, tampouco figura entre os investigados.
O Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), investigado pela Polícia Federal (PF) na Operação Dia Zero, disse estar à disposição das autoridades para a apuração do caso. Em nota enviada à imprensa nesta quinta-feira (12), a INTS apontou que estará “disponível para prestar todos os esclarecimentos necessários”.
No entanto, a empresa desconversou e não se manifestou sobre os envolvidos no caso e acerca da participação no esquema sobre supostas irregularidades em contratos de gestão da saúde.
A fraude, que tem a entidade apontada como participante no contrato, é relacionada a esquemas em favorecimento de processos licitatórios, peculato, corrupção ativa e iva, associação à organização criminosa e lavagem de dinheiro.
No comunicado, a organização social itiu que o contrato investigado pela Polícia Federal, é associado ao de nº 193/2013, firmado com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), teve vigência entre 2013 e 2019. Em seguida, o contrato foi encerrado entre o instituto e a gestão municipal anterior.
A empresa afirmou ainda no comunicado que “está inteiramente à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários”.
O Instituto complementou indicando ainda “sua confiança na atuação das autoridades e reitera seu compromisso com a verdade, a legalidade e a integridade de seus processos”.
O procurador-geral de Justiça da Bahia, Pedro Maia, explicou em entrevista à Antena 1 o funcionamento do sistema de audiência de custódia no estado, refutando críticas que associam o mecanismo à impunidade. Segundo ele, o procedimento não altera a essência do processo penal, apenas torna mais transparente a decisão sobre a manutenção ou não de uma prisão.
"Sempre aconteceu assim: antes, o preso não era apresentado. O auto de prisão em flagrante chegava ao Judiciário, era encaminhado ao Ministério Público, e nós analisávamos a regularidade da prisão—se havia flagrância e fundadas suspeitas da prática do crime. A audiência de custódia mudou algo? Nada. Apenas materializou no espaço físico o que antes ocorria nos gabinetes", explicou Maia.
Com ampla experiência na área criminal antes de assumir a Procuradoria-Geral, ele destacou que o procedimento assegura ao preso em flagrante o direito de ser ouvido por um juiz, um promotor e um defensor público, garantindo a legalidade da prisão e avaliando se há fundamento para mantê-la.
Maia reconheceu que o instituto tem sido alvo de críticas, frequentemente associado à impunidade, mas reforçou que a audiência de custódia não interfere na substância do processo penal. "Há um equívoco nessa narrativa, como se fosse a causa da impunidade e da insegurança pública na Bahia e no Brasil. Todo preso em flagrante a por essa audiência, que define se a prisão será convertida em preventiva", afirmou.
Além disso, ele ressaltou que o mecanismo serve para evitar a entrada desnecessária de presos em flagrante no sistema prisional. "A audiência analisa se a prisão, cuja principal função é interromper o crime, deve ser mantida durante a investigação e o processo", concluiu.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Fernando Haddad
"Bolsonaristas fogem do debate. Fazem molecagem e vão embora".
Disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad durante audiência conjunta que estava sendo realizada nesta quarta-feira (11) por duas comissões da Câmara, para tratar do projeto do governo que aumenta a isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil, acabou sendo encerrada de forma abrupta devido a um tumulto e troca de acusações.